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terça-feira, setembro 27, 2005
Campeão do Mundo
Fernando Alonso começou a acelerar aos 4 anos com um kart fabricado pelo pai, evoluindo até à estreia, com 20 anos, na Fórmula 1, para ao fim de quatro épocas ser coroado como sucessor de Michael Schumacher e o mais jovem piloto de sempre a sagrar-se campeão mundial.

Oriundo de uma família humilde, o pai era torneiro mecânico e a mãe funcionária do El Corte Inglês, Fernando Alonso - Nano para os familiares e amigos mais próximos - nasceu com vocação para vingar no mundo do desporto automóvel.

Por influência paterna, aos 4 anos já se sentava num kart de fabrico caseiro, porque as economias não permitiam outra coisa. Ainda como infantil, correu sempre com miúdos mais velhos, nas provas organizadas em diversas localidades da região das Astúrias, mas nem por isso deixava de os derrotar, ganhando a primeira prova oficial aos 7 anos.

O pai, Jose Luis Alonso, dedicava todo o tempo livre de que dispunha aos cuidados da preparação do kart para as corridas do fim de semana. E, na sequência desse entusiasmo, até deixou para trás uma oferta do Celta de Vigo que desde os seus tempos de juventude lhe reconhecia qualidades como guarda-redes.

A família Alonso chegava às pistas de karting num velho Peugeot, em perfeito contraste com as de outros adversários, cujos Mercedes ou BMW deixavam transparecer a diferença de qualidade do material do monolugar do pequeno "Nano" face à maioria dos restantes pilotos. Com a subida de escalão (cadete/júnior), os gastos aumentavam quase em proporção, criando dificuldades ao modesto orçamento gerido pelo pai Alonso, que apenas quando o miúdo tinha nove anos e já ostentava o título das Astúrias e da Galiza lhe comprou um kart em primeira mão. Era um esforço gigantesco, de tal modo que Jose Luis desafava para o seu rebento: "Este kart tem que durar até... teres 18 anos. Há que cuidar bem dele!".

Já detentor de vários títulos em Espanha, chegava o momento de dar o salto, em termos de competição, para a Europa, mas o problema era sempre o mesmo: escassos recursos financeiros. "O miúdo tinha algo de inato", recorda Genis Marco, um importador de karts que acabaria por ser determinante no futuro da carreira do actual piloto da Renault. Passou a apoiá-lo oficialmente, angariando também patrocínios e Alonso podia dispor, finalmente, de material novo e competitivo em cada prova. Um salto qualitativo que lhe permitiu, a partir de então, brilhar também a nível internacional, conquistando, entre outros sucessos, um título de campeão mundial de karting na categoria júnior.

Assim se faz um campeão.

Um abraço
ZéTó
posted by Jac @ 17:59  
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